Saturday, June 4, 2011

O olhar perdido no tempo



Ainda vejo aquela menina, a menina do trem, que se perdia na noite, na busca do que não tinha.
Ainda vejo seus olhos, sua dor, sua mente, antes confusa  hoje doente, ela chora no tempo os dias que se perderam no vento.

O rosto gelado, alvo e coberto pelo manto negro de seus cabelos, escondem os anos, as dores e lamentos, da esperança esquecida de encontrar seu caminho.

O que é ser querida, a menina perdida, só saber falar do que entregou ao longo da vida.
Seus sonhos, sua alegria, seu riso, seu jeito de rir, que ecoavam pelos ares.

Que foi? Roubaram seu riso? O que fizeram com sua inocente mania e doçura..

A menina está em um canto escuro dos anos, aonde a luz do Sol  não a encontra,  sem o aquecer das manhãs partiu para longe, em seu vasto pensamento.

O seu silêncio é seu mundo, antes um colorido e vivo hoje sem vida, já sem luz , ela silencia o olhar.

No comments:

Post a Comment