Wednesday, August 25, 2010

Olhando a pequena caixa de lembranças

A noite cai, com o céu tingido de um laranja amadeirado, trazendo o peso da noite.Já escuta-se os grilos, o cheiro do sereno que começa a anunciar a noite.O vento frio, convida, um chá, envolta em uma manta, sentada na varanda.Podemos dizer que ali era o paraíso, no embalo da velha cadeira de balanço laqueada de branco, o ranger do estalo da madeira, torna este momento com uma lembrança de dias que ela não viveu.A dor em sua alma, faz com que incansavelmente ela aperte o centro de suas mãos sem parar, como se fosse evitar de que todo o corpo sentisse a profunda tristeza.Ela pensa, repensa, onde foi que errou, o que foi feito de errado, pra ser escrava de um destino tão cruel.A voz da sua avó ainda soa em sua mente, os conselhos e o desejo de ver a neta, feliz,amada e querida.
Ela sofre demais, ali neste mundo de sonhos, ela imagina uma linda paisagem, para que o choro não desabe junto com a alma, que ela tenta manter equilibrada.
Não, nossa heroína não está bem, tudo deu errado, ela meteu os pés pelas  mãos, e seus dias serão dias de fardo e arrependimento.O cheiro da colônia, as roupas alvas de algodão, o abraço, o porto seguro, o cuidado, a união de duas almas, objetivos e sonhos, agora estão jogados em uma caixa chamada realidade, coisas boas lacradas pelos erros, agora já é muito tarde.
Durma menina! Quem sabe amanhã o pesadelo acabe...

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