Tuesday, June 22, 2010

Saturday, June 19, 2010

Fim de tarde

Fim do dia, uma caminhada pelo lago, o frio é forte, mesmo assim não impede as pessoas de sairem e caminharem, de casais namorarem, de apaixonados registrarem suas primeiras juras de amor.Ela está sozinha mais ao longo destes anos ela aprendeu a sobreviver com sua única companhia a solidão.Uma das coisas mais lindas que existem neste lago, é uma parte de pedras, onde ela constumava sentar e contemplar o horizonte com um tapete infinito de águas quase glaciais.As lágrimas muitas vezes eram empurradas pela velocidade do vento que parecia quase como um alento a dor da alma, de perder tudo o que ela mais queria a esperança de encontrar a promessa de sua felicidade. Afastada de todos, ela fala com Deus, em seu coração existe um grito, de liberdade que deseja sair e invadir o silêncio daquele instante frio e deprimente.
Quantas vezes, imaginou o que seria dividir tantos momentos incríveis, ao lado de alguém que naquele momento, mesmo que distante,  desejava o mesmo sentimento.Porque sempre foi difícil vencer a melancolia da alma, que na ansiedade abria feridas, ao se deixar levar por falsas juras ou promessas de felicidade.
Sua aparência imponente, não deixava demonstrar a ninguém a dor profunda de nunca ter encontrado o que tanto tinha para viver ou sentir.Os limites da realidade, podavam seus instintos e a veracidade de sua alma, tão forte, capaz de vir tantas vezes mesmo que em sonhos aos mesmos lugares, ao mesmo lago glacial, ao mesmo fim de tarde, em busca do entendimento de si mesma e de rever momentos que a inspiraram viver com tanta esperança.
Mais o sol está indo embora, os pássaros começam a buscar seus ninhos, as pessoas entram para suas casas, unidas aquecidas por um amor e paixão intensa que podemos ver em suas risadas e almas. Ela volta para seu universo de sonhos, ela fecha seus olhos porque sabe que em minutos é hora de acordar, o mundo real, feio e realista a espera como uma espada apontada para seu ventre, a privando de ter toda a beleza que Deus criou em seu espírito forte e sensível, é hora de lutar, esquecer que este lugar e real.
Ao abrir os olhos mesmo estando loge da onde mais gosta de estar, ela pensa, que enfim foi agraciada, porque mesmo que por um breve momento, viu o amor, falou com ele e o levou para ver as coisas lindas da vida que ficaram em sua memória.

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Friday, June 18, 2010

A menina e o trem


Numa noite fria sentir os cabelos voando no vendo ao cheiro de um perfume envolvente o rosto frio gelado de cor palida emolduram os olhos negros e grandes.Ela olha pela janela do trem, a cidade segura e calma, envolve sua tristeza e solidão, por mais que pareça fatal não é.Todas as noites ,ela viaja, até esta parada, a neve fina, tenta tocar a pele coberta bom um longo casaco militar, negro.Ela agora é um anjo sem rumo.
Como destino escrito, ela ve o principe perdido seus cabelos raspados seus olhos negros,  olhos misteriosos, a chamam, ela o abraça forte, por um minuto escuta se coração, sente sua alma, enxerga seu futuro ali presente.Não ela não quer partir.

No conforto do abraço, ela descansa seu rosto, sobre o peito forte que inspira a segurança, o perfume amadeirado com notas orientais, se misturam a barba bem feita de seu cavaleiro.

Vestido como um nobre, ele demonstra a realização de um sonho. Não, não fale nada, ela tenta murmurar ,ele pede, me abrace deixe a noite nos esconder em sua sombra e deixe a lua nos dizer que este momento é eterno.Ele  beija seus olhos, com pureza pede seu silêncio, é melhor não dizer nada, com o respeito de um nobre, sem uma palavra se quer ele diz: Adeus!

O frio aumenta ele passa as mãos envoltas em uma luva de couro, e contorna seu rosto, ele a admira, nunca viu tanta beleza, ela chora, e então ele diz  : C'est pas la peine!

Enfim, é hora de partir, o trem do destino a levará, para longe, ela o vê pela última vez da janela, a triste jornada que continua, e ela sabe, que jamais o verá novamente.

Com saudade e nostalgia foi  escrito seu destino e ela ainda não sabe qual será a próxima parada.O importante foi que pelo menos uma vez Deus permitiu que ela encontrasse sua paz.

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